domingo, 21 de outubro de 2007

Encosta-te a mim...



Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim, talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.
Chegado da guerra,
fiz tudo p´ra sobreviver
em nome da terra,
no fundo p´ra te merecer recebe-me bem,
não desencantes os meus passos faz de mim o teu herói,
não quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo o que não vivi,
hei-de inventar contigo sei que não sei,
às vezes entender o teu olhar mas quero-te bem,
encosta-te a mim.
Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes vizinha de mim,
deixa ser meu o teu quintal recebe esta pomba
que não está armadilhada foi comprada,
foi roubada, seja como for.
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim,
vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba,
quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem,
encosta-te a mim."

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