segunda-feira, 7 de abril de 2008

Amar-te em silêncio...


És tu! És tu!
Sempre vieste, enfim!
Oiço de novo o riso dos teus passos!
És tu que eu vejo a estender-me os braços
Que Deus criou pra me abraçar a mim!
Tudo é divino e santo visto assim...
Foram-se os desalentos, os cansaços...
O mundo não é mundo: é um jardim!
Um céu aberto: longes, os espaços!
Prende-me toda, Amor,
prende-me bem!
Que vês tu em redor?
Não há ninguém!A Terra?
Um astro morto que flutua...
Tudo o que é chama a arder,
tudo o que sente,
Tudo o que é vida e vibra eternamente
É tu seres meu, Amor,
e eu ser tua!

Florbela Espanca

Um comentário:

Cristina disse...

Quero-te agradecer pelo teu comentário e que pensamos da mesma forma.
Esses versos que postas-te se Florbela Es panca também sáo bonitos.
Um beijo da tua amiga:

Cristina Bárbara das Neves Bernardo.

Quarteira.